1ª
Leitura Ap. 11, 19ª; 12, 1.3-6ª.10ab
2ª
Leitura 1Cor 15, 20-27a
Salmo
44
Evangelho
Lc 1, 39-56
Boa
noite, caríssimos
Na liturgia deste domingo somos
levados a refletir sobre a figura de Maria na Bíblia. Já ouvi as más línguas
dizendo que “era necessária uma mulher para que as obras do Senhor se realizassem
e calhou de ser a pobre Maria”. “Nem Jesus dava muita bola, não foi Ele quem a
chamou de ‘Mulher’ na passagem das bodas de Caná”. Pois é, a figura de Maria
chega a ser um tanto quanto polêmica aos nossos irmãozinhos.
Comecemos então esclarecendo algumas
dúvidas. Primeira: Sim, era necessária uma mulher; MARIA FOI ESCOLHIDA. Não era
qualquer uma que poderia dar à luz ao Salvador. O anjo foi até àquela
merecedora de toda graça e a incumbiu com a tarefa de gerar, educar, conduzir
os passos de Jesus. Maria em toda sua humildade abraçou a missão nunca tirando
proveito de sua posição privilegiada; exaltava a Deus a todo momento. “A minha alma
engrandece o Senhor, e o
meu espírito se alegra em Deus, meu Salvador, porque
olhou para a humildade de sua serva.” (Lc 1, 46-48).
Segunda: Sim, Jesus chamou Maria de
MULHER, mas nunca rispidamente. Quem foi mais fiel às leis que Jesus Cristo? “Honrar
pai e mãe”, o quarto mandamento, certo? Será que Cristo o infringiria? A
palavra “Mulher” usada nas bodas de Caná faz alusão à Mulher do Apocalipse. “Então
apareceu no céu um grande sinal: uma Mulher vestida de sol, tendo a lua debaixo
dos pés e sobre a cabeça uma coroa de doze estrelas ” (Ap 12, 1)
Terceira dúvida, a mais comum, eu
diria: Não, não adoramos a imagem de Maria (e de nenhum dos santos, que fique
claro). Maria foi uma grande pessoa, escolhida de Deus, serva sublime do
Senhor. Como não lembrar essa mulher excepcional? Maria que rogou pelos
convidados nas bodas de Caná; Maria que na passagem de hoje foi até sua prima
Isabel para prestar-lhe ajuda em sua gestação. Imaginem só, de
Nazaré até as montanhas de Judá são mais de 100 quilômetros de caminhada!
Como não considerar todas as ações dessa nobre mulher?
Maria que no Evangelho deste domingo foi ao encontro dos necessitados,
ensina-nos que devemos sair de nós mesmos e ir àqueles que realmente precisam
de nós. Além de que, já diziam as escrituras: “Doravante
todas as gerações me chamarão bem-aventurada, porque o Todo-poderoso fez
grandes coisas em meu favor.”
E os que ainda têm argumentos sobre as
imagens, saibam que a diferença entre “adorar” e “confeccionar” imagens de gesso
é gigantesca, algo impossível de ser entendido por mentes ignorantes.
Respeitar, seguir o exemplo é bem diferente. Para alguns é difícil compreender
aquilo que os não foi ensinados nas escolinhas dominicais. Saibam, caríssimos,
que os fariseus também faziam perguntas a Jesus com respostas que os mesmos não
entendiam, e vejam bem, foram os fariseus que crucificaram Cristo.
E para encerrar o assunto de Maria,
mãe de Deus e nossa, gostaria de citar um belíssimo canto do Pe. Zezinho que me
lembro desde a infância: “Como é bonita uma religião que se lembra da mãe
de Jesus, mais bonito é saber quem tu és. Não és deusa, não és
mais que Deus, mas depois
de Jesus, o Senhor, neste mundo ninguém foi maior!”
Tenham uma boa noite, queridos.
Fiquem na paz de Jesus e no amor de nossa querida mãe Maria.
ROGAI POR NÓS, SANTA MÃE DE
DEUS, PARA QUE SEJAMOS DIGNOS DAS PROMESSAS DE CRISTO. AMÉM!