A preferência pelos pobres

1ª Leitura: Rm 11, 29-36

Salmo: 68

Evangelho: Lc 14, 12-14

Boa noite, caríssimos

O Evangelho vem chamar nossa atenção para a acolhida. O Mestre pede que tenhamos preferência pelos pobres quando formos dar uma festa, que não nos preocupemos em chamar amigos, irmão e vizinhos ricos, mas chamemos o marginalizado, o aleijado, o cego. O jantar é o Banquete Celestial.

Jesus dá ênfase à inclusão. Inúmeras vezes já convocamos encontros de jovens com a mesma meia dúzia, os colegas de sempre. Refletíamos sobre a Palavra e voltávamos a nossas casas. Nada de mão em estarmos juntos em nome do Senhor, pois “Onde dois ou três estiverem reunidos em meu nome, eu estarei no meio deles”. (Mt 18,20), mas, como adolescentes, aquele era nosso único contato com a evangelização em si e nunca pensamos em correr atrás de outros jovens para partilhar a Palavra conosco.

No Evangelho, Cristo não se refere apenas aos pobres financeiramente, fala sobre os pobres de espírito. Não quer que continuemos chamando os mesmos vizinhos de sempre, nós que já estamos em processo de santificação devemos cumprir nosso papel de apóstolos e levar Cristo aos que ainda não o tem. Nossa reflexão deve ser partilhada, não fechada em nosso pequeno grupo.

Essa nossa comunhão com Deus deve ser propagada para que muitos outros jovens também se apaixonem por ele, possam viver esse imenso amor que se faz presente em nossas vidas.

Mas de nada adianta pregarmos a Palavra e ver um irmão que sofre fisicamente. Falando de fome, como quem é realmente pobre, que passa necessidade de tudo, acreditará nas Palavras da Bíblia? De que adianta dizer que Deus é amor se não há amor na vida de muita gente? Deus não quer apenas nossas palavras, quer ver nossa fé por ações.

“Meus irmãos, que interessa se alguém disser que tem fé em Deus, e não fizer prova disso através de obras? Esse tipo de fé não salva ninguém. Se um irmão ou irmã sofrer por falta de vestuário, ou por passar fome, e se vocês lhe disserem: “Procure mais é viver pacificamente, e vá-se aquecendo e comendo como puder”, e se não lhe derem aquilo de que ele precisa para viver, tal resposta fará algum bem? Assim também a fé cristã, se não se traduzir em atos, é morta em si mesma.” (Tiago 2, 14-17)

O Senhor quer usar a cada um de nós como instrumento de seu poder, pois o pão para alimentar o físico não vai cair do céu, virá através de nossas obras de caridade. E mais uma vez é necessário amar o próximo para amar a Deus.

Que o Espírito nos ilumine para que estejamos dispostos a buscar o necessitado e quem ainda não tem contato com o divino, e sejamos abertos para acolher e ajudar cada vez mais pessoas dentro de nossas comunidades. Que nossa vida sirva de exemplo e motivo de conversão, que o Espírito possa agir em nós para sermos seus instrumentos, que nosso testemunho chegue aos ouvidos e toque os corações sedentos de Deus para que o banquete possa estar repleto de convidados alimentando-se do Pão do Céu.

Do Teu altar ao altar do meu próximo
Senhor eu quero ser perfeito adorador
Não posso me esquecer do abandonado
Daquele que não tem ninguém por si
Pois foi Tu mesmo que me disse
Que estás ali

Ensina-me a dar a Ti tudo que é Teu
Pois amar-te nos pequeninos é muito mais

É dar a Deus meu sorriso, minha dor
Ser amigo, ser irmão
É dar a Deus uma perfeita adoração.

                         (Aos pequeninos, Toca de Assis)

Missão de hoje: Viver a Palavra

1ª Leitura: Ml 1, 14b-2, 2.8-10

2ª Leitura: 1 Ts 2, 7b-9.13

Salmo: 130

Evangelho: Mt 23, 1-12

Olá pessoal. 

A liturgia desse domingo é provocadora. Realmente vivemos aquilo que dizemos acreditar? Jesus fala diretamente aos sacerdotes, mas refere-se a todo povo cristão, seguimos o caminho reto qual estamos pregando?

Retomando o Evangelho de ontem, Jesus pediu-nos humildade, e hoje, além disso, quer que vivamos a Palavra que tanto dizemos crer. E será que realmente cremos ou somos como muitos fariseus que andavam com as escrituras apenas para gabar-se de serem possuidores de uma almofadinha lá no Céu?

Falar de Deus é fácil! É fácil ser catequista, decorar umas datas e uns versículos... Viver a Palavra que é a tarefa difícil, é uma batalha diária, eu diria!

É engraçado como vemos na TV várias pessoas pregando curas, salvação, arrecadando uma porcentagem exorbitante de dízimo dos fiéis para a obra, evangelizando de porta em porta, levando a Bíblia até pra fazer compra no supermercado. Mas um dia a máscara cai e aparecem no noticiário os carros que o pessoal compra com dinheiro da oferta, o capital que era pra ser investido em obras de evangelização em bancos na Suíça. Inacreditável, porém real.

E não precisamos ir muito longe para ver esse tipo de vivência superficial do Evangelho. Dentro de nossas comunidades, muitas pessoas querem apenas do “venha a nós o vosso Reino”, mas evitam o “seja feita a vossa vontade”. Em época de festa isso é mais notado, quando na hora do trabalho as pessoas somem e reaparecem na hora dos aplausos.

Não o digo por criticar a organização das festas comunitárias, mas porque presenciei muito isso assim durante esses anos de caminhada religiosa. Não que eu seja perfeita, longe disso! Minha luta é diária, ando me cobrando bastante para viver plenamente aquilo que acredito, ainda mais agora depois do blog (momento de confissão, rs), pois assumi a missão de evangelizar online, mas não posso pregar algo aqui que impressione os leitores e viver o oposto. Essa é a razão pela qual Jesus nos chama primeiro a ser discípulos, a viver a Palavra, depois a ser apóstolos, pregá-la.

Cristo quer que fiquemos atentos a nossas atitudes. Não deseja cristãos só de domingo, mas que vivam 24h como filhos de Deus.

Bem-aventurado o jovem que se comprometeu com a Palavra Divina e tem a missão e vivê-la e levá-la aos que ainda não tem contato com ela. Para dar-nos coragem e animar nosso fim de domingo, ai vai uma mensagem do Mestre:

^“Por isso, agradecemos a Deus sem cessar por vós terdes acolhido a pregação da palavra de Deus, não como palavra humana, mas como aquilo que de fato é: Palavra de Deus, que está produzindo efeito em vós que abraçastes a fé.” (1 Ts 2, 13)

P.S.: Peço perdão pelos posts apenas no fim da noite, mas é o único horário disponível para enviá-los. Prometo organizar melhor o horário e postá-los mais cedo.

Uma lição de humildade

1ª Leitura: Rm 11,1-2a. 11-12. 25-29

Salmo: 93

Evangelho: Lc 14, 1.7-11

A sábia Palavra de Deus vem em nosso auxílio ensinando-nos humildade no dia de hoje. Todos sabem que para a salvação do mundo o Senhor poderia mandar novamente um dilúvio acabar com toda a maldade, ou quem sabe fogo dessa vez, mas é de se admirar como Jesus em toda sua condição divina coloca-se no meio de nós como um simples homem. Vem ser nosso amigo, não se deixa levar por todo seu poder; quer assumir a condição humana não para provar seu poderio, mas para que cheguemos mais perto de Deus e nos sintamos acolhidos pelo seu amor.

Jesus senta-se ao lado dos fariseus na casa de um deles para fazer uma refeição. Não é de hoje que sabemos da fama de muitos dos fariseus (nem todos eles, que fique bem claro!) se acharem totalmente dignos do Reino, Cristo o sabia e nem assim julgou-os recusando a refeição, estava lá para comer com eles. A leitura ainda diz que eles o observavam; pois é, como citado em uma das reflexões essa semana, quando você é provido do amor de Deus isso fica estampado em seu rosto e não precisa dizer apenas uma palavra para evangelizar, todos percebem a graça em ti.

Quantas vezes você se aproximou de alguém que tinha lá uma fama não muito boa? É engraçado como no trabalho, na escola ou faculdade muitas pessoas dizem: “Eu não falo com aquele cara lá porque ele se acha o bonzão!” Não é por nada não, muitas vezes ele nem se acha, é apenas sua obrigação dar o melhor de si no que faz, mas a humildade aqui passa longe porque não reconhecemos o talento do outro. Ou se a pessoa em questão realmente se acha muito boa, onde está nossa humildade na hora de se aproximar? Ou você se acha muito bom também para chegar perto de alguém “desse tipo”?

O Mestre ainda dá uma dica “não ocupes o primeiro lugar” (Lc 14, 8b), “mas, quando fores convidado, vai sentar-te no último lugar. Assim, quando chegar quem te convidou, te dirá: ‘Amigo, vem mais para cima’. E isto vai ser uma honra para ti diante de todos os convidados. “ (Lc 14, 10) É importante evitar uma interpretação errada desses versículos. Jesus não pede que finjamos ser humildes para ganhar aplausos, mas que o sejamos de verdade.

Não sentarei no último lugar só para ouvir o anfitrião me chamar lá pra frente, mas deixarei que os outros convidados pegue as primeiras posições para melhor se servirem. Como era o mandamento mesmo... ‘Amarás ao teu próximo como a ti mesmo’. (Mt 22, 39b) , certo? Cristo ensinou-nos a teoria essa semana e hoje mostra-nos na prática como funciona.

Já dizia um padre, grande amigo nosso, “Se receberes aplausos na terra, não recebereis aplausos no Céu”. Tudo que quem se diz cristão faz é para o bem, se ele é reconhecido é apenas uma conseqüência; se ainda estamos tomando certas atitudes para sermos reconhecidos precisamos rever nossos conceitos.

“Que o Pai venha nos ensinar a ser humildes, amar o próximo como a nós mesmo e não agir para receber honras, mas por amor aos irmãos. Amém”

Tenham todos uma boa noite, fiquem na paz de Jesus e no amor de Maria.

Beijo no coração ;*

O amigo Jesus

1ª Leitura:  Ef 2, 19-22

Salmo: 18

Evangelho: Lc 6, 12-19

Boa noite a todos!

Estava meio atarefada esta tarde, mas interrompi meu trabalho de Teoria Literária para dar uma lida no Evangelho. A leitura é relativamente curta, onde Jesus escolhe os discípulos, simples assim. Então fui para a primeira leitura e então consegui captar a mensagem de hoje: “Já não sois mais estrangeiros nem migrantes, mas concidadãos dos santos. Sois da família de Deus.” (Ef 2, 19)

            Se você teve um dia meio abatido como o meu, lê a Palavra e vê Jesus se aproximando dessa maneira, seu ânimo muda completamente. O Senhor vem convidar-nos a sermos seus amigos, quer acabar com a visão hierárquica que temos, coloca-se como igual, faz-nos parte da família.

            Como selecionamos nossos amigos? Aliás, há algum tipo de seleção? Acredito que meus amigos, todos eles, são companheiros de caminhada; um dia entraram na minha vida por estudarem no mesmo lugar, pegarem o mesmo ônibus ou irem à Missa no mesmo dia. Claro que não se é AMIGO logo que se conhece alguém, amizade se constrói com o passar do tempo. Chamamos de amigos aqueles que confiamos, freqüentam nossa casa, chamam nossa mãe de “tia” (haha, os meus fazem isso!), são confidentes, conselheiros.

            Jesus convida-nos a sermos seus amigos, freqüentarmos sua casa. Não importa de onde viemos e para onde pensamos ir, como foi nosso passado e como planejamos nosso futuro, um dia a Palavra de Deus encontrou-nos, entrou em nossa vida, criamos um vínculo com o Senhor, por menor que tenha sido naquele momento, mas hoje ele vem chamar-nos de amigos, quer amadurecer sua relação conosco.

O Mestre que aproximar-se na Palavra, na Eucaristia, no próximo. Não deixe de aceitar esse convite “para vos tornardes morada de Deus pelo Espírito.” (Ef 2, 22b). Deixemos que Cristo seja nosso amigo, isso nos mostra como ele nos ama do jeito que somos.

Acredito que meu dia ficou muito melhor depois de refletir sobre isso. Senti o amor de Deus mais próximo e lembrei-me de todos os meus grandes amigos, qual a importância de cada um deles em minha vida. Sei que nem todos acompanham meu blog, mas gostaria de enviar-lhes um grande abraço, dizer-lhes que me lembro de vocês todos os dias em minhas orações. Como Cristo nos ama incondicionalmente e quer-nos perto dEle, assim também vos amo, queridos amigos.

"Um amigo fiel é uma poderosa proteção: quem o achou descobriu um tesouro. Nada é comparável a um amigo fiel; o ouro e a prata não merecem ser postos em paralelo com a sinceridade da sua fé. Um amigo fiel é um remédio de vida e imortalidade; quem teme ao Senhor achará esse amigo. Quem teme o Senhor terá também uma excelente amizade, pois o seu amigo lhe será semelhante". (Eclo 6,14ss)

Fiquem todos na paz do Senhor e no amor de Maria. Não se esqueçam de enviar um email para seus amigos, e se for possível, um abraço bem apertado.

Grande beijo. ;*

“se Deus é por nós, quem será contra nós?” (Rm 8, 31b)

1ª Leitura: Rm 8, 31b-39

Salmo: 108

Evangelho: Lc 13, 31-35

Boa noite a todos.

                A primeira leitura de hoje é fantástica, não acham? “se Deus é por nós, quem será contra nós?” (Rm 8, 31b)

Poxa vida, como é difícil acreditar em todas as promessas divinas quando estamos em apuros! Muitas vezes acreditamos que o “acaso” deu um jeitinho, que a “sorte” bateu à porta, pois por ter passado pelo sofrimento parece que Deus nem se importou em ajudar-nos.

Muitos de nós também fazemos ‘tempestade em copo d’água’. Entramos em desespero por qualquer motivo, não é porque você saiu do emprego que nunca mais trabalhará! Já dizia minha avó “fecha-se uma porta, mas abre-se outra”. Paremos de culpar a Deus pelos infortúnios vividos e tentemos achar a saída que Deus nos proporciona, o que geralmente está embaixo de nossos narizes.

Claro que existem momentos em nossas vidas pelos quais passamos por terríveis tribulações; onde achar a saída? A Palavra do Senhor tem muito a dizer, não só a escrita como a dita! Converse, fale sobre o problema com alguém (de sua confiança, é claro!), pois Jesus usa as pessoas como seu instrumento para levar uma palavra de sabedoria no momento preciso. Fale e analise todas as alternativas, por que uma deve ser escolhida e outra não, e quais serão suas conseqüências. É como fazer vestibular, você sempre ficará em dúvida entre uma ou alternativa, mas se ler o enunciado repetidas vezes descobrirá que uma vírgula, uma conjunção um ponto em algum lugar fazem toda a diferença na hora de escolher a resposta certa.

Não que Deus seja mau, não que Ele deixe-nos sofrer; sofrimento é sempre conseqüência de ações. Pode não ser de suas ações, mas de outra pessoa que não se deu conta do que seu ato ou palavra causaria. “Deus é amor” (I João 4, 8b), é por isso que a primeira leitura de hoje diz :

“Mas, em tudo isso, somos mais que vencedores, graças àquele que nos amou!
Tenho certeza de que nem a morte nem a vida, nem os anjos nem os poderes celestiais, nem o presente nem o futuro, nem as forças cósmicas, nem a altura nem a profundeza, nem outra criatura qualquer serão capazes de nos separar do amor de Deus por nós, manifestado em Cristo Jesus, nosso Senhor.” (Rm 8, 37-39)

Que a Palavra do Senhor tenha tocado o coração de todos vocês como tocou o meu hoje.

Boa noite. Fiquem na paz de Jesus e no amor de Maria

E a salvação?

1ª Leitura Rm 8, 26-30

Salmo 12

Evangelho Lc 13, 22-30

Boa noite a todos!

“Sabemos que tudo contribui para o bem daqueles que amam a Deus” (Rm 8, 28 a). A primeira leitura de hoje vem como uma promessa!

É difícil pensar que tudo ficará bem quando estamos com uma dúvida mortal entre duas coisas. Qual será o melhor caminho a seguir? É ai que entra o poder da oração. “Espírito vem em socorro da nossa fraqueza. Pois nós não sabemos o que pedir, nem como pedir; é o próprio Espírito que intercede em nosso favor” (Rm 8, 26).

É importante deixar o Espírito Santo agir desde as mais simples tarefas diárias como em nossas mais difíceis decisões, porém SEM PARANÓIA! “Se o cara sentado no banco da frente descer no próximo ponto, eu devo namorar João; se ele descer no próximo, eu namoro o Pedrinho”, sim, isso existe! Já me peguei tentando obter ajuda divina dessa maneira. O Espírito faz a obra com sabedoria, não em coisas tão banais. Não espere muitos “sinais”, abandone-se em oração e deixe Deus conduzir-lhe ao melhor caminho a seguir.

No Evangelho de hoje existe uma grande preocupação com a salvação. Particularmente, quem se preocupa demais com a salvação é quem realmente está longe dela. Quem ouve a Palavra, reflete e a vive não fica preocupado se vai salvar-se ou não, simplesmente vive o Reino dos Céus todos os dias fazendo a tarefa de casa de todo cristão.

O Mestre nos deixa atentos dizendo que uma hora o dono da casa fecha a porta, então não deixemos para viver em Cristo na velhice, quando tiver mais tempo para isso, uma hora a porta fecha e nunca sabemos quando é. Muito menos podemos crer que já estamos com nossa almofadinha garantida lá no Céu por ter contato com a Palavra, com a Comunhão, pois Jesus afirma que muitos dirão “‘Senhor, abre-nos a porta! ’ Ele responderá: ‘Não sei de onde sois’” (Lc 13, 25b). Pois é, ainda existem muitos Fariseus em nossas comunidades. Não é só porque cantei o salmo esse domingo, ou porque serei catequista no próximo ano que conseguirei passar pela porta estreita. Viver a Palavra de Deus vai muito além de apenas pronunciá-la.

Não percamos tempo! Não queremos estar no grupo dos que choram e rangem os dentes. Aliás, é nosso dever como cristãos propagar a glória de Deus para que tal grupo reduza-se a zero. Não basta crermos apenas para nós mesmos, sendo só discípulos, devemos partir para a evangelização, sendo apóstolos.

O nosso lugar é o Céu. Vivamos o Céu na terra para que não nos preocupemos posteriormente em “possibilidade” de salvação. Viva com a certeza da salvação, não só a sua, mas também a do seu irmão, e não se esqueça de confiar no Pai! ;)

Tenha sede de Deus, tenha sede,
Porque Deus tem sede de você!

Acredite em Deus, acredite,
Porque Deus acredita em você!

Fale sempre com Deus, fale sempre,

Porque Deus sempre fala com você!

Lembre sempre de Deus, lembre sempre,
Porque Deus não se esquece de você!

Dê a vida pra Deus, dê a vida,

Pois Jesus deu a vida por você!

(Anjos de Resgate)

O Reino dos Céus

25 de Outubro de 2011

1ª Leitura: Rm 8, 18-25

Salmo:  125

Evangelho: Lc 13, 18-21

Oi, pessoal

Problemas técnicos ocorreram ontem, então não consegui postar. =/

Mas recordando o Evangelho, Jesus tenta comparar o Reino dos Céus com algo. Que maneira legal de Deus chegar até a nós comparando seu Reino com nossa realidade, com algo que entendamos, para que possamos ver como lá é nosso lugar.

Jesus faz uma alusão à semente de mostarda que é jogada na terra e fecunda-a, gerando um a grande árvore. Quem conhece sabe que a semente de mostarda é a menor das sementes, porém, após brotar, gera uma árvore imensa. O Reino dos Céus nos chega como uma pequena semente, a Palavra; a partir daí, quando brota, o amor de Deus cresce em nossa vida como uma árvore esplendorosa. Jesus ainda completa: “e as aves do céu fazem ninhos nos seus ramos”. A partir do momento que o amor de Deus está em nosso coração, nos tornamos propagadores dele, e todos a nossa volta sentirão a presença divina em nossa vida.

Comparando mais uma vez, o Mestre diz que o Reino dos Céus é como “fermento que uma mulher pega e mistura com três porções de farinha, até que tudo fique fermentado”. Jesus sabia mesmo como tocar o coração das pessoas daquela época. Imagine as mulheres, depois dessa pregação, fazendo bolo... Ao misturar o fermento na massa, refletiam sobre o que haviam ouvido e se colocavam profunda oração. O Reino dos Céus como fermento para nossa farinha coloca-nos muito próximos de Deus, pois Ele não quer que abandonemos nossos lares, nossas tarefas diárias para segui-lo, Ele quer misturar-se a nossa farinha e fazê-la crescer.

Jesus falava de uma maneira tão simples para que as pessoas simples entendessem o que muitas vezes confundia os doutores da lei. Ele queria apenas mostrar que o Reino dos Céus é agora, é simples, e é agora. Não adianta viver achando que Jesus volta daqui um tempo e que até lá teremos muito ainda para errar e nos arrepender.

Vamos aceitar o desafio de viver o Reino dos Céus todos os dias deixando que a Palavra entre em nossos ouvidos e fecunde o nosso coração, assim daremos frutos: todos aqueles que tiverem contato conosco verão, estampado em nossa cara, o amor do Pai. De nada vale também deixar que a Palavra toque nosso coração e logo perca sentido, é necessário “misturar o fermento” para que o amor, a paz do Senhor não seja apenas superficial, mas faça parte de nós.

E como diria o Dunga “O meu lugar é o Céu, é lá que eu quero morar!”. É o que Jesus nos convida a fazer valer!

A cura em dia de sábado

1ª leitura: Rm 8, 12-17

Salmo: 67

Evangelho: Lc 13, 10-17

A passagem do Evangelho de hoje, tão comum para nós, é na verdade uma “polêmica”. Jesus curando no SÁBADO uma MULHER na SINAGOGA? Antes de aprofundarmo-nos em uma reflexão, vamos partir um pouquinho para o lado histórico.

Considerava-se sábado um dia santo, era totalmente contra a lei trabalhar ou realizar curas nesse dia. Jesus, passando por cima das autoridades durante sua pregação na sinagoga, viu a pobre que sofria há tempos de uma enfermidade. Jesus a viu, isso é muito significativo! Nas sinagogas as mulheres tinham lugar apenas nos últimos bancos, uma área separada da ala masculina por uma cortina, pois não podiam adorar junto a eles, mas Jesus a viu!

Aquela mulher estava presa a uma enfermidade havia 18 anos. A leitura diz que se tratava de um espírito maligno, e a ciência, em adiçãom, afirma que doenças espirituais causam grande dano ao físico do homem. O que será que apreendia aquela moça por tanto tempo? A falta de perdão, talvez, ressentimentos, amargura... O que será que anda nos apreendendo?

Apesar de estar sentada a certa distância, Jesus a viu. E daí que era sábado? E qual é a lei que proibirá ter compaixão de alguém em tal dia? As regras dos homens são às vezes tão absurdas... Tocando nesse assunto, lembrei que minha irmã tem um coleguinha ao qual a religião proibe diversas coisas no dia de sábado, mas em um fim-de-semana desses, ele queria comprar suco, então a chamou: “Débora, vamos comigo? Na hora de pagar você dá o dinheiro porque eu não posso, é sábado!”. Achei divertido! A lei que quer ‘santificar’ um dia aprisiona as pessoas, limita-as. Onde está Deus nisso? “Para a liberdade foi que Cristo nos libertou”, já dizia Gálatas 5,1.

A leitura diz que Jesus libertou aquela mulher. Acredito então que ela queria ser libertada, pois estava lá no templo junto a eles. Mas, poxa vida, foram 18 anos vivendo uma enfermidade... Por que é que ela ainda ia à sinagoga?  Ainda tinha esperanças?

O que nos aprisiona, como jovens, ultimamente? APRISIONAR parece uma palavra bem radical, mas denomina tudo aquilo que direta ou indiretamente nos afasta de Deus, de sua Palavra, da paz e do amor que Ele nos dá. Estamos dispostos a sermos curados por Jesus, ou já nem temos mais esperança que Ele nos veja no último banco?

Ouvindo um CD do Rosa de Saron, deparei-me com algumas palavras no final de uma música que me fizeram refletir um pouco sobre isso...

"Inevitavelmente, na vida a gente sempre passa por um momento difícil. Seja você rico ou pobre, seja você cristão ou não, a gente sempre se depara em algum momento com alguma dor, com o sofrimento. Ele pode vir como um problema de saúde, pode vir como o desemprego, e pode vir da forma mais trágica que é quando a gente perde alguém que a gente ama muito, deixando no coração uma saudade.

O que eu quero falar é o seguinte, a gente se questiona tanto, muitas vezes mesmo sendo cristão, que apesar de eu ser cristão, de eu acreditar em Deus, eu não posso evitar o sofrimento... Que diferença faz de eu acreditar em Deus então?

A diferença é que quando você acredita, a tristeza vem sim, ela entra na tua casa, passeia, mas quando ela vai embora não te rouba nada! Não rouba a tua fé, não rouba a tua alegria, não rouba a tua esperança não rouba principalmente a tua capacidade de amar. [...]

 Que você possa se permitir e sentir que mesmo na tempestade, na verdade e no teu louvor, Deus se faz presente.”

Não é porque acreditamos em Deus que estaremos livres de certos infortúnios terrenos. Não existe castigo, ninguém sofre porque ‘Deus quer’, mas muitas vezes por conseqüências de atitudes erradas nossas, de outras pessoas... Deus é amor. É através dEle, de Jesus libertador, que passaremos por esses momentos difíceis sem abalar nossa estrutura. Nem que demorem os mesmos 18 anos daquela pobre mulher na sinagoga.

O Maior Mandamento

23 de Outubro de 2011

1ª Leitura: Êx22, 20-26

2ª Leitura: 1Ts 1,5c-10

Salmo: 17

Evangelho: Mt 22, 34-40

Boa noite, pessoal. Já está um pouquinho tarde (quase 03h da manhã), mas não poderia dormir sem comentar sobre minha reflexão acerca do Evangelho de hoje (ontem, aliás).

Nesse domingo, Jesus nos revela no Evangelho o maior mandamento: “Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todo o teu entendimento!”. Peguei-me então pedindo a Deus o dom de amar-lhe dessa maneira.

É realmente fácil na teoria, mas como estamos agindo na prática? O que é “amar a Deus” para cada um de nós? E Cristo lança mais uma “Amarás ao teu próximo como a ti mesmo”.

Não faz muito tempo, tive contato com um caso meio complicado. A garota namorando um cara que se envolvia com drogas, o irmão mais novo com notas baixas na escola, o pai que trabalhava o dia inteiro, e a mãe que “amava a Deus, MUITO”. A família estava um pouco desestruturada porque seus pilares, pai e mãe, andavam ocupados demais. O trabalho do pai em outra cidade, e a mãe 24h ligada às obras da igreja.

É óbvio que faz muito bem a nós estarmos dispostos a doar nosso tempo às causas cristãs, mas as crianças não precisam ficar sem almoço por isso! Ame o Senhor teu Deus de toda a sua alma, mas com sabedoria. E o próximo como a ti mesmo, onde fica? Passa muito longe das intenções do Senhor que alguém seja prejudicado porque você diz “amá-lo demais”. É o papel de cada um como pai, como filho, jovem, criança doar-se a Deus dentro da sua realidade.

“Nem todo aquele que diz “Senhor, Senhor” entrará no Reino dos Céus (Mateus 7, 21). É curioso como, muitas vezes, temos o grande desejo de levar a Palavra ao número máximo de famílias que pudermos, mas não a vivemos em nossa própria família. Viver assim é viver como aquela semente da Parábola do Semeador que caiu entre as pedras; logo nasceu, porque não tinha terra funda, mas quando veio o sol, secou porque não tinha raiz. É viver superficialmente.

Amar a Deus sobre todas as coisas é também amar a Deus no próximo. É não deixar o próximo na mão para correr e fazer sua oferta na missa. É conhecer a Palavra Divina não para gabar-se de seu entendimento,de sua inteligência dentro de um grupo, mas para levá-la aos que ainda não têm contato com ela.

Como já disse o Papa João Paulo II "Precisamos de Santos que coloquem Deus em primeiro lugar, mas que se “lascam” na faculdade [...] Precisamos de Santos sociáveis, abertos, normais, amigos, alegres, companheiros. Precisamos de Santos que estejam no mundo; e saibam saborear as coisas puras e boas do mundo, mas que não sejam mundanos”. Assim fica o convite, amemos o Senhor nosso Deus de todo o nosso coração, de toda a nossa alma, de todo o nosso entendimento dentro da nossa realidade, não deixando ninguém para trás, não passando por cima de ninguém. Pois o amor de Deus nos faz pensar e amar mais o próximo, não a nós e nossos interesses.

“Se alguém disser: ‘Amo a Deus’, mas odeia o seu irmão, é um mentiroso: pois quem não ama seu irmão, a quem vê, a Deus, a quem não vê, não poderá amar” (I João 4, 20)

Deixem seus comentários! É muito importante saber a reflexão pessoal de cada um.

Fiquem na paz de Jesus e no amor de Maria

Beijos a todos.

Pontapé inicial

Olá a todos.

            Ser jovem dentro da realidade social atual não é nada fácil; sem jovem cristão é ainda mais desafiador. É por isso que esse blog existe para compartilhar a visão que jovens cristãos têm da Palavra de Deus em suas vidas.

            Sempre que vamos a uma celebração deparamo-nos com desafios que a Palavra Divina nos propõe, porém, inúmeras vezes, saímos dali vazios, pior do que entramos, com o sentimento de que o céu é para poucos, acreditando ser impossível seguir o que dizem as escrituras, o que ouvimos na homilia é apenas um ‘resumo do texto’, nada de reflexão voltada para a atualidade.

            A partir de hoje este blog fará uma reflexão totalmente jovem (e leiga) das Escrituras Divinas. Não farei isso sozinha, com ajuda de alguns grandes irmãos de caminhada faremos juntos uma reflexão da Liturgia Diária, sem termos técnicos (que fique bem claro!) para que todos sintam-se acolhidos pela Palavra de Deus. Levaremos em consideração as entrelinhas e questões históricas para que possamos entender claramente o que o Senhor nos propõe em seus escritos.

            Não deixem de comentar e compartilhar conosco a maneira como a Palavra toca seu coração. Vamos juntos aceitar o desafio de por em prática a Liturgia Diária, confesso que essa reflexão em grupo nos dará ânimo extra para seguir na caminhada.

            E não se esqueçam: a má-interpretação do trecho lido pode mudar totalmente suas crenças. Vagando pelo twitter um tempo atrás, li um jovem postando algo sobre “como Deus manda o jovem de Mateus 19, 16-22 doar todo seu dinheiro aos pobres e segui-lo?”. Quem postou isso certamente se diz ‘ateu’ e nunca parou para refletir sobre as palavras de Jesus naquela passagem. Então fica o desafio, pessoal! Leiam esse trecho do evangelho e deixem seus pontos de vista como comentário... Vamos fazer um pequeno teste para ver com que olhos os jovens de Deus lêem sua Palavra.