segunda-feira, 31 de outubro de 2011

A preferência pelos pobres


1ª Leitura: Rm 11, 29-36
Salmo: 68
Evangelho: Lc 14, 12-14

Boa noite, caríssimos
O Evangelho vem chamar nossa atenção para a acolhida. O Mestre pede que tenhamos preferência pelos pobres quando formos dar uma festa, que não nos preocupemos em chamar amigos, irmão e vizinhos ricos, mas chamemos o marginalizado, o aleijado, o cego. O jantar é o Banquete Celestial.
Jesus dá ênfase à inclusão. Inúmeras vezes já convocamos encontros de jovens com a mesma meia dúzia, os colegas de sempre. Refletíamos sobre a Palavra e voltávamos a nossas casas. Nada de mão em estarmos juntos em nome do Senhor, pois “Onde dois ou três estiverem reunidos em meu nome, eu estarei no meio deles”. (Mt 18,20), mas, como adolescentes, aquele era nosso único contato com a evangelização em si e nunca pensamos em correr atrás de outros jovens para partilhar a Palavra conosco.
No Evangelho, Cristo não se refere apenas aos pobres financeiramente, fala sobre os pobres de espírito. Não quer que continuemos chamando os mesmos vizinhos de sempre, nós que já estamos em processo de santificação devemos cumprir nosso papel de apóstolos e levar Cristo aos que ainda não o tem. Nossa reflexão deve ser partilhada, não fechada em nosso pequeno grupo.
Essa nossa comunhão com Deus deve ser propagada para que muitos outros jovens também se apaixonem por ele, possam viver esse imenso amor que se faz presente em nossas vidas.
Mas de nada adianta pregarmos a Palavra e ver um irmão que sofre fisicamente. Falando de fome, como quem é realmente pobre, que passa necessidade de tudo, acreditará nas Palavras da Bíblia? De que adianta dizer que Deus é amor se não há amor na vida de muita gente? Deus não quer apenas nossas palavras, quer ver nossa fé por ações.
“Meus irmãos, que interessa se alguém disser que tem fé em Deus, e não fizer prova disso através de obras? Esse tipo de fé não salva ninguém. Se um irmão ou irmã sofrer por falta de vestuário, ou por passar fome, e se vocês lhe disserem: “Procure mais é viver pacificamente, e vá-se aquecendo e comendo como puder”, e se não lhe derem aquilo de que ele precisa para viver, tal resposta fará algum bem? Assim também a fé cristã, se não se traduzir em atos, é morta em si mesma.” (Tiago 2, 14-17)
O Senhor quer usar a cada um de nós como instrumento de seu poder, pois o pão para alimentar o físico não vai cair do céu, virá através de nossas obras de caridade. E mais uma vez é necessário amar o próximo para amar a Deus.
Que o Espírito nos ilumine para que estejamos dispostos a buscar o necessitado e quem ainda não tem contato com o divino, e sejamos abertos para acolher e ajudar cada vez mais pessoas dentro de nossas comunidades. Que nossa vida sirva de exemplo e motivo de conversão, que o Espírito possa agir em nós para sermos seus instrumentos, que nosso testemunho chegue aos ouvidos e toque os corações sedentos de Deus para que o banquete possa estar repleto de convidados alimentando-se do Pão do Céu.

Do Teu altar ao altar do meu próximo
Senhor eu quero ser perfeito adorador
Não posso me esquecer do abandonado
Daquele que não tem ninguém por si
Pois foi Tu mesmo que me disse
Que estás ali
Ensina-me a dar a Ti tudo que é Teu
Pois amar-te nos pequeninos é muito mais
É dar a Deus meu sorriso, minha dor
Ser amigo, ser irmão
É dar a Deus uma perfeita adoração.
                         (Aos pequeninos, Toca de Assis)

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